6.27.2006


Autor:




6.26.2006

Dias cinzentos.


Autor: Direios reservados

…da bruma surgidas, as ausências escritas.


6.24.2006


Autor:

... E de carícia em carícia formou-se uma folhagem
e o tronco tenso da árvore no próprio corpo dela...

António Ramos Rosa

6.23.2006

ALUADA!


Autor:

"The only Thing you will ever learn,
is just to love and be Loved in return".

6.20.2006

Pois... saudades!


Autor:

Enquanto uma pessoa não tiver saboreado
um bom charuto e um bom whisky,
não conhece as segunda e terceira
melhores coisas da vida.

Alan J. Lerner

6.18.2006

Espero...


Autor:

Espero sempre por ti o dia inteiro,
Quando na praia sobe, de cinza e oiro (...)
E há em todas as coisas o agoiro
De uma fantástica vinda.

Sophia de Mello Breyner

without???

6.17.2006

Prontos!


Autor:

perco-me no abraço
que me faz sonhar
encontro-me no amor
que sinto por ti

Música: Mariah Carey - Without you

6.16.2006

Olhando onde o sol se esconde...


Autor:

Eu penso em ti,
ainda mais do que te digo,
e tu estás em tudo,
mesmo quando não te penso,
tu és a grande razão,
o horizonte sem nome que constantemente

se desenha na minha imaginação de mim.

António Mega Ferreira

Música: Daina Kroll - The Look of Love

6.15.2006

Kiss


Autor:

"A kiss is more than a touch of lips -
it is a touch of two hearts,
of two souls,
of two glowing portions of the life spirit
."

Música: Daina Kroll - The Look of Love

6.13.2006

HOMENAGEM A EUGÉNIO


Autor: Sérgio Redondo

Surdo, Subterrâneo Rio

Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
... surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?


Eugénio de Andrade

Música: Carlos Paredes - Cancao Verdes Anos

Em cima da hora...


Autor: miguel pereira

... À beira de ti, as horas
Não eram horas: paravam.
E, longe de ti, o tempo
Era tempo, infelizmente...

Pedro Homem de Mello

Música: leonard Cohen- In my secret life

6.11.2006

Tempo de espera!


Autor:
Assim me faço ao sono, noite após noite, desafiando
a lenta meada dos dias para descontar a espera.

Maria do Rosário Pedreira

Música: leonard Cohen- In my secret life

6.09.2006

Vontades!


Autor:

... Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...


Álvaro de Campos

Música: Beth Gibbons - "Mysteries"

6.07.2006

Fica perto do meu coração...


Autor:sweetcharade

... e mergulhou nas mãos o rosto banhado de lágrimas...

Daniel Filipe, A Invenção do Amor

Música: Beth Gibbons - "Mysteries"

6.04.2006

Tempestades... por vezes nem só de areia!


Autor:

Por vezes o destino é como uma pequena
tempestade de areia que não pára de mudar de direcção.
Tu mudas de rumo, mas a tempestade de areia vai atrás de ti.
Voltas a mudar de direcção, mas a tempestade persegue-te,
seguindo no teu encalço.
Isto acontece uma vez e outra e outra, como uma espécie
de dança maldita com a morte ao amanhecer.
Porquê?
Porque esta tempestade não é uma coisa que tenha
surgido do nada, sem nada que ver contigo.
Esta tempestade és tu. Algo que está dentro de ti.
Por isso, só te resta deixares-te levar, mergulhar na tempestade,
fechando os olhos e tapando os ouvidos para não deixar entrar
a areia e, passo a passo, atravessá-la de uma ponta a outra.
Aqui não há lugar para o sol nem para a lua;
a orientação e a noção de tempo são coisas que não fazem sentido.
Existe apenas areia branca e fina, como ossos pulverizados,
a rodopiar em direcção ao céu.
É uma tempestade de areia assim que deves imaginar.(...)

Haruki Murakami, in 'Kafka à Beira-Mar'

Música: Beth Gibbons - "Mysteries"

ANOITECER



O tempo paira no horizonte,
A noite cai novamente sobre a terra.
Volta a repetir-se a escuridão…
O milagre do luar renova-se.
Fico exausta...
Só de observar a beleza de um simples anoitecer!
O céu fica negro.
E a verdade...
A verdade é que toda a gente gosta!

6.03.2006

Há palavras que nos beijam



Há palavras que nos beijam.
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O’Neill

Música: Beth Gibbons - "Mysteries"

6.02.2006

Árvores do Alentejo


Autor: António Manuel Pinto da Silva

Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
...Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!

Florbela Espanca

Música: Beth Gibbons - "Mysteries"